terça-feira, 14 de junho de 2011

Espaço Tira Dúvidas

Pessoal, este espaço é destinado para as dúvidas que vocês estão encontrando no decorrer das aulas e das atividades propostas sobre o conteúdo que estamos trabalhando, a substância petróleo relacionada com a densidade e misturas!!!!!!!!!
Estou a disposição!!!!!!
No aguardo das dúvidas

terça-feira, 7 de junho de 2011

Aula do dia 07/06/2011

E ai pessoal, estou fazendo esta postagem, sobre a aula de hoje. Estamos iniciando o estudo das substâncias e misturas, percebi que seria necessário iniciar este conteúdo com demonstrações práticas, utilizamos vidrarias adequadas como béquer, proveta. Nossos reagentes, foram, óleo, água, sal, açúcar, álcool, parafina (vela), fiz a demonstração da densidade da parafina no álcool e na água. Também observamos a mistura do óleo e da água e, para finalizarmos fizemos a demonstração do sistema trifásico (água, álcool e óleo). Com as suas respectivas explicações e esclarecimento de dúvidas. Registrem no post, o que você achou da aula demonstrativa e as suas dúvidas que não foram esclarecidas em sala de aula.
Parabéns a todos pelo trabalho!!!!!!!!!
Estou na expectativa pelos comentários!!!!!!!!!
Um abração
Prof. Daniel

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Reportagens sobre o pré-sal!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Pessoal, vocês trouxeram na aula de hoje (03/06/2011), reportagens relacionadas ao pré-sal. Este espaço é destinado para que vocês possam comentar as suas reportagens. Espero que tenham gostado da atividade de pesquisa deste tema que é de extrema importância para o nosso estudo e para o nosso país.
Estou na expectativa desta construção.
Um abraço à todos e bom final de semana.
Prof. Daniel

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Um lugar chamado Pré-Sal!!!!!!!!!!!!!!!

Texto retirado da Revista Ciência Hoje das Crianças, Ano 23 Nº 209 –Janeiro e Fevereiro de 2010

Um lugar chamado Pré-sal!

O dia amanheceu tão lindo que Rex deu um pulo da cama decidido a ir à praia. Telefonou para a Diná, para o Zíper e pronto: num piscar de olhos, estavam os três amigos rumo a um programa que resultaria em muita diversão. O ônibus chegou e nossos mascotes logo se acomodaram. Rex e Zíper sentaram juntos e Diná ficou ao lado de uma moça, pegando carona na leitura do seu jornal. Estava tão concentrada nas notícias, que a moça, achando graça, perguntou:
- Você gosta mesmo de ler, hein?
- Ah! Desculpe! – respondeu Diná, reparando que estava quase caindo em cima da passageira. – Eu me empolguei com esse texto sobre o pré-sal. Nem sei o que significa, mas é tanta gente falando nisso, que resolvi me informar. Para dizer a verdade, não estou entendendo muita coisa...
- Ora, como você é curiosa – disse, entusiasmada, a companheira de viagem. – Pré-sal tem tudo a ver com petróleo, sabia?
- Não! – respondeu Diná muito surpresa.
- Posso lhe contar um pouquinho sobre isso, o trânsito está tão engarrafado... – ofereceu-se a moça.
- Puxa, muito obrigada! – falou Diná, emendando. – Meninos: ouçam a história que a minha nova amiga vai nos contar! É sobre o pré-sal...
Essa história começa há cerca de 150 milhões de anos, época em que os dinossauros ainda caminhavam por aqui. Nosso planeta passava pelo chamado período Cretáceo e, naquele tempo, o Brasil e a África (além da Índia, Madagascar, Austrália e Antártica) formavam um único bloco de terra chamado Gondwana. Imaginem: se Brasil e África estavam colados, onde estava o oceano Atlântico? A resposta certa é: ele não existia ainda.
Mas o tempo passava e Gondwana, esse território único, começou a apresentar buracos e lagos, que seguiam uma linha, como se fosse uma cicatriz.
Aqueles lagos, como qualquer lago hoje em dia, eram cheios de vida: havia peixes e muitos organismos microscópios. Saber um pouco sobre esses microrganismos é superimportante para entender a história do pré-sal. Então, guardem o seguinte: o conjunto desses microrganismos é conhecido como plâncton. Quando o plâncton morre, seus restos vão para o fundo dos lagos. Ao longo de anos e anos, esta camada de restos orgânicos (ou de organismos) vai engrossando, ainda mais porque se mistura com areia e outros sedimentos.
Há cerca de 130 milhões de anos, os tais lagos foram ficando mais profundos e começaram a se unir, formando lagos cada vez mais compridos. Foi então que a separação da África e do Brasil começou de fato. Na medida em que o tempo passava, Gondwana se quebrava, abrindo como um zíper.
A separação começou ao sul do Brasil, na altura do que hoje é o Rio Grande do Sul. Pouco depois, outra linha de abertura começou ao norte, na altura da Ilha de Marajó em direção ao Rio Grande do Norte. E assim, ao mesmo tempo, o Brasil – na verdade, toda a América do Sul – foi se separando da África, primeiro pelo sul e, depois, pelo norte.
O último ponto de rompimento aconteceu na altura de Pernambuco, no Nordeste. Só neste momento surgiu o jovem oceano Atlântico. A sequência de lagos que deu origem ao Atlântico funcionou como um papel picotado. Ao puxar cada lado do papel para uma direção diferente, teremos como resultado o corte de papel justamente na linha mais fraca, onde existe o picote.
Nossos três mascotes estavam adorando a narrativa, mas apressados que são, quiseram saber...



E o que o pré-sal tem a ver com isso?

Se acompanharmos bem o processo de separação entre Brasil e África, entendemos que na região Sul – mais especificamente na altura onde hoje se localiza a cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul – o rompimento de Gondwana aconteceu primeiro. Por isso, a água do mar entrou primeiro naquela brecha. Como se tratava de um espaço onde a água circulava de forma mais aberta, não havia deposição de sal.
Já do Paraná para o norte, a circulação da água do mar acontecia de forma mais restrita, porque existe uma bacia fechada na região. Numa bacia, a água permanece mais parada. Isso faz com que ela evapore mais facilmente e, assim, o sal se concentra, indo para o fundo do oceano.
O processo de evaporação é relativamente lento. Mas estamos falando de milhões e milhões de anos. Por isso, muito sal se depositou. Hoje, temos uma camada de sal que pode ter até dois mil metros de espessura!
Atenta como ela só, Diná quis saber se essa camada de sal estaria se depositando sobre os restos de plâncton, a matéria orgânica da qual se falou no começo da história...
Eis o pré-sal!
Sim! O sal está depositado em cima daquela camada de matéria orgânica, dos restos dos microrganismos que viviam nos lagos que marcaram o começo da separação entre os continentes. Então, essa camada de matéria orgânica, por ter se depositado no fundo do oceano antes do sal, é chamada pré-sal.
E o que há de mais especial em tudo isso é o fato de que, ao se decomporem, isto é, ao se desfazerem, os restos desses microrganismos (que são do tempo em que ainda não havia oceanos) se transformaram em uma pasta preta e viscosa que chamamos de petróleo.
Para que essa transformação ocorra, no entanto, é necessário algo mais: a camada com restos orgânicos precisa passar por processos de calor e pressão, que ocorrem nas profundidades da Terra como em uma panela de pressão. Assim como a panela de pressão precisa estar fechada para funcionar, a camada de restos orgânicos precisa de um isolamento, para que o efeito de temperatura e pressão funcione. Quem isola a camada orgânica pré-sal é justamente a camada de sal, cumprindo um papel fundamental na formação do petróleo.
Rex, com sua fama de explorador, quis saber se o petróleo era sempre extraído do pré-sal:
Onde mais o petróleo pode estar?
Às vezes, o petróleo escapa da camada abaixo do sal por espaços que os pesquisadores chamam de “janelas de sal”. Esse petróleo fujão acaba sendo absorvido por uma rocha denominada reservatório, que fica acima do sal e, por isso, também, recebe o nome de camada pós-sal.
A rocha reservatório funciona como uma esponja e fica encharcada de petróleo preservando-o, também, e permitindo sua exploração. Aqui no Brasil, a exploração do petróleo está concentrada principalmente no litoral, em regiões onde antes se localizavam aqueles antigos lagos, da época da separação dos continentes.
Até alguns anos atrás, esta extração do petróleo brasileiro ocorria principalmente nas camadas pós-sal, como as da bacia de Campos, no Rio de Janeiro. A grande descoberta dos últimos tempos foi do petróleo nas camadas pré-sal, também nas bacias de Campos e nas de Santos, em São Paulo.
A descoberta de petróleo no pré-sal é muito importante para o nosso país, porque essa riqueza natural pode nos levar a um grande desenvolvimento. Mais importante ainda, porém, é que o desenvolvimento venha associado à preservação do meio ambiente e traga melhoria na qualidade de vida de todos nós, brasileiros.
No momento em que a companheira de viagem terminou a explicação, o ônibus parou bem diante da praia. Nossos mascotes agradeceram pelas informações e se prepararam para descer, quando Diná disse assim:
- Nunca mais vou olhar para esse mar, o oceano Atlântico, da mesma maneira!
Silvia Regina Gobbo
Instituto de Geociências, Universidade de Brasília